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In.: Águas Brancas, 1973.
Em milhares pingos d’água,
cai um a mais, e nada aumenta
nem aumentará jamais.
Numa só vida, caem milhares dias;
nem mesmo assim aumenta
o esquecimento das fantasias.
Numa só alma,
cabe um único amor,
mas a própria alma o espalma
com medo do plantio da dor.
Milhares pingos d’água,
numa só vida,
numa só alma,
fazem-nos esquecer as mágoas.