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não espere as trevas
pra suplicar o mistério da luz!
não espere as muletas
pra incutir no próximo
o valor de saber usar as pernas!
não espere as grades
pra injetar no homem a liberdade!
não espere a fome
pra convencer os ricos
da necessidade de repartir o pão!
não escute a surdez mundana
pra calar a miséria
e despertar gestos calorosos
no espírito humano.