– Usa-se com objeto direto e indireto ou com objeto indireto apenas. Exemplos:
1) Maria Júlia acostuma a mãe a dormir cedo.
2) “Sempre foi, minha filha. Não é novidade. Você é que devia estar acostumada.” (Moreira Campos. A Gota Delirante, p.80, 2014).3) “Acostumou-se à escuridão da casa, que janelas nunca mais foram abertas desde aquele dia.” (Pedro Salgueiro. Dos Valores do Inimigo, p.50, 2006).
4) “(…) aguardando desesperançoso uma resposta confortadora quando o colega ao lado, colega amigo da onça diz: Quem não está acostumado a isso, dói!” (Abílio Lourenço Martins. Cacos Sublimes. P.109, 2017).
Acreditar – No sentido de admitir como certo, reconhecer como verdadeiro é transitivo direto, não aceita preposição. Normalmente o complemento direto é uma oração subordinada substantiva. Em poucas vezes é substantivo ou pronome. Exemplos:
1) Poucos acreditam que a vida continua.
2) Não acreditar isso.
3) Acreditei a sinceridade.
4) “E nada mais resta, acredito, que se possa dizer sobre a estreia deste novo contista cearense.” (Dimas Macedo. A Letra e o Discurso, p.44, 2014).5) “O lundu eterno do velho sequer foi notado, pois todos acreditavam ser característica intrínseca dos velhos…” (Pedro Salgueiro. Dos Valores do Inimigo, p.91, 2006).
● no sentido de confiar, crer, normalmente é transitivo indireto, sendo o objeto indireto um substantivo ou pronome regido da preposição em. Exemplos:
1) Sou romântico, acredito no amor.
2) Quem acredita Nele está salvo do pecado.